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Lesão do nervo ulnar: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Lesão do Nervo Ulnar

A lesão do nervo ulnar é uma condição que pode afetar tanto a sensibilidade quanto a mobilidade do braço e da mão, comprometendo atividades simples do dia a dia e, em casos mais graves, até mesmo a qualidade de vida do paciente.

Esse nervo é um dos mais importantes do membro superior, responsável por funções motoras e sensoriais fundamentais. Quando lesado, pode causar sintomas incômodos, como dormência, formigamento e fraqueza muscular.

Entender o que é a lesão do nervo ulnar, suas causas e os tratamentos disponíveis é essencial para buscar ajuda médica no momento certo e evitar complicações. E neste artigo vamos explicar esse assunto. Boa leitura!

O que é a lesão do nervo ulnar?

A lesão do nervo ulnar ocorre quando há danos, compressão ou irritação desse nervo periférico, que é um dos três principais do braço, ao lado dos nervos mediano e radial.

Ele se origina na coluna cervical, passando pelo ombro, braço, cotovelo e antebraço, até chegar à mão.

Sua função é crucial para a sensibilidade do dedo mínimo, metade do dedo anelar e algumas partes do antebraço, além de controlar movimentos de músculos responsáveis por tarefas como segurar objetos ou realizar movimentos precisos com os dedos.

Uma das suas características é que ele está localizado em áreas vulneráveis, como a região do cotovelo, onde passa por um canal estreito chamado de túnel cubital. Isso o torna suscetível a lesões traumáticas e compressões repetitivas.

Além disso, ele desempenha um papel essencial em atividades manuais, por isso, qualquer dano pode afetar significativamente a funcionalidade da mão.

É importante destacar que a lesão do nervo ulnar pode variar de um problema leve e temporário, como a sensação de choque ao bater o cotovelo, até situações mais graves, que resultam em deformidades permanentes ou perda de função.

Quais são as causas?

Esse tipo de lesão pode ser provocada por uma ampla gama de fatores, que vão desde traumas diretos até doenças neurológicas que afetam os nervos periféricos.

Uma das causas mais comuns é a compressão prolongada ou repetitiva do nervo, como ocorre na síndrome do túnel cubital.

Essa condição se manifesta frequentemente em pessoas que mantêm o cotovelo dobrado por longos períodos, como durante o uso do celular ou ao dormir.

Traumas também são responsáveis por grande parte das lesões do nervo ulnar. Impactos diretos na região do cotovelo podem danificar o nervo, seja por contusão ou pela ruptura parcial ou completa das fibras nervosas.

Além disso, fraturas ou luxações próximas ao cotovelo ou ao punho podem levar à compressão do nervo ou mesmo à sua interrupção total.

Movimentos repetitivos, como os realizados em esportes, profissões manuais ou até mesmo atividades cotidianas, também podem irritar o nervo ao longo do tempo.

Fora isso, condições médicas, como diabetes, podem causar neuropatias periféricas, deixando o nervo mais vulnerável. Doenças como a artrite reumatoide e hérnias de disco cervical também podem desencadear compressões que afetam o seu funcionamento.

Quais os principais sintomas?

Os sintomas variam conforme a gravidade e o local específico do dano. Geralmente, eles começam de forma leve, como um formigamento ocasional, mas podem progredir para dores constantes e perda de função se não forem tratados.

A dormência e o formigamento nos dedos mínimo e anelar estão entre os sinais mais comuns. Muitas vezes, esses sintomas se manifestam durante atividades específicas, como segurar o telefone ou dormir com os braços dobrados.

Com o tempo, a dormência pode se tornar mais frequente e se transformar em uma perda sensorial definitiva. Outro sintoma importante é a fraqueza muscular.

Pacientes com lesão do nervo ulnar podem ter dificuldade em realizar movimentos de pinça ou segurar objetos firmemente.

Nos casos mais avançados, a atrofia muscular pode ocorrer, especialmente nos músculos da base do polegar e na região entre os dedos, resultando em deformidades características, como a “mão em garra”.

A dor também é um sintoma frequente, especialmente na região do cotovelo. Em casos de compressão no túnel cubital, ela pode irradiar para o antebraço ou para a mão, tornando atividades simples extremamente desconfortáveis.

Quais os tipos de tratamento?

O tratamento depende da causa subjacente, da gravidade da lesão e da duração dos sintomas. Em casos leves, medidas conservadoras costumam ser eficazes para aliviar o desconforto e restaurar a função.

Entre os tratamentos não cirúrgicos, destaca-se o uso de órteses ou talas, especialmente à noite, para manter o cotovelo em uma posição neutra e reduzir a pressão sobre o nervo. 

Mudanças no estilo de vida, como evitar apoiar o cotovelo em superfícies rígidas ou manter o braço dobrado por longos períodos, também são recomendadas.

A fisioterapia pode desempenhar um papel importante nesse processo, ajudando a fortalecer os músculos da mão e do antebraço e a melhorar a mobilidade do nervo.

Em casos mais graves, quando os sintomas não respondem ao tratamento conservador, a cirurgia pode ser necessária. O objetivo, nesse caso, é aliviar a pressão sobre o nervo ou reparar danos significativos.

Na síndrome do túnel cubital, por exemplo, o cirurgião pode realizar uma transposição do nervo ulnar, movendo-o para uma posição menos vulnerável.

Em casos de laceração ou ruptura do nervo, técnicas de enxerto ou sutura podem ser utilizadas para restaurar sua integridade.

Vale lembrar que o pós-operatório exige acompanhamento cuidadoso e, frequentemente, inclui fisioterapia para garantir uma recuperação completa e evitar complicações, como rigidez articular ou fraqueza muscular persistente.

Conclusão

Conforme vimos, a lesão do nervo ulnar é uma condição que pode ter um impacto significativo na vida do paciente, limitando tanto a funcionalidade quanto o conforto.

Reconhecer os primeiros sinais dessa lesão é crucial para iniciar o tratamento o quanto antes e evitar complicações mais graves, como deformidades permanentes ou perda de função da mão.

Desde medidas conservadoras, como mudanças no estilo de vida e fisioterapia, até intervenções cirúrgicas, existem diversas opções de tratamento para ajudar os pacientes a recuperar a funcionalidade e aliviar os sintomas.

No entanto, o sucesso do tratamento depende de um diagnóstico precoce e de um plano terapêutico adequado às necessidades individuais.

Portanto, se você apresentar sintomas como dormência, dor ou fraqueza na mão ou no braço, procure um ortopedista especializado para avaliação. Com o tratamento correto, é possível retomar suas atividades com qualidade de vida e segurança.

E nós da Verticali nos colocamos à sua disposição. Teremos um enorme prazer em avaliar o seu caso e propor o melhor tratamento possível. Entre em contato conosco e saiba mais!