A lordose é uma condição que afeta a curvatura natural da coluna vertebral, podendo causar dor e desconforto, além de impactar a qualidade de vida de quem a apresenta.
Conhecida por sua característica curva acentuada na região lombar, essa alteração postural pode ter diversas origens e implicações para a saúde.
Neste artigo, vamos explicar o que é a lordose, suas causas, sintomas, métodos de diagnóstico e os tratamentos disponíveis para gerenciar essa condição de forma eficaz. Boa leitura!
O que é a lordose?
Essa é a curvatura para dentro da coluna vertebral, especialmente perceptível na região lombar. É uma curvatura natural do corpo humano, essencial para a sustentação e equilíbrio da postura.
No entanto, quando ela se torna excessiva, a condição é conhecida como hiperlordose, o que pode resultar em dor, dificuldades posturais e, em alguns casos, problemas mais graves, como compressão de nervos.
Essa condição é frequentemente comparada com outras condições da coluna, como escoliose e cifose, mas apresenta particularidades próprias.
Ao contrário da escoliose, que se caracteriza por uma curvatura lateral da coluna, a lordose refere-se ao aumento exagerado da curva natural na região inferior da coluna, criando um aspecto curvado para dentro.
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Quais são as principais causas?
As causas podem ter diversos fatores, que variam desde problemas estruturais até hábitos e condições adquiridas ao longo do tempo. Entre as mais comuns, destacam-se:
- Má postura: o hábito de manter uma postura inadequada ao longo do tempo, especialmente em atividades diárias como sentar e caminhar, pode aumentar a curvatura da coluna lombar, contribuindo para a hiperlordose;
- Obesidade: o excesso de peso, especialmente na região abdominal, pode causar um desequilíbrio na coluna, aumentando a pressão sobre a lombar e acentuando a curvatura;
- Fraqueza muscular: músculos abdominais e dorsais enfraquecidos não conseguem sustentar adequadamente a coluna, levando a uma alteração postural significativa;
- Problemas congênitos: algumas pessoas nascem com uma curvatura lombar acentuada, que pode se agravar com o tempo;
- Doenças e condições médicas: condições como espondilolistese, que ocorre quando uma vértebra desliza para fora de sua posição, podem contribuir para essa condição. Além disso, doenças como osteoporose, que enfraquecem os ossos, e distúrbios neuromusculares também são fatores de risco.
Quais são os seus sintomas?
Os sintomas podem variar em intensidade, dependendo do grau da curvatura e das condições subjacentes. Os mais comuns incluem:
Dor lombar
Um dos sinais mais frequentes, a dor na região inferior das costas, pode ser constante ou surgir após atividades específicas, como levantar objetos pesados ou permanecer sentado por longos períodos.
Rigidez muscular
A hiperlordose pode causar rigidez nos músculos das costas e abdominais, levando à redução da mobilidade e à dificuldade em realizar certos movimentos.
Proeminência abdominal
Devido ao aumento da curvatura lombar, o abdômen pode se projetar para frente, alterando o alinhamento postural e criando um aspecto desproporcional.
Alterações na marcha
Em casos mais graves, a hiperlordose pode afetar a forma como a pessoa caminha, uma vez que a curvatura exagerada interfere no equilíbrio e na postura global.
Compressão nervosa
Quando a curvatura é muito acentuada, pode ocorrer compressão dos nervos ao redor da coluna, resultando em sintomas como formigamento, dormência ou dor irradiada para as pernas.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado por meio de uma avaliação clínica detalhada e exames complementares. O ortopedista ou especialista em coluna realiza uma análise postural, observando a curvatura da coluna e os possíveis desequilíbrios.
Além disso, o histórico do paciente é investigado, considerando fatores como dor, rigidez e limitações de movimento. Os exames de imagem são essenciais para confirmar o diagnóstico e avaliar o grau de curvatura. Entre os mais utilizados estão:
- Radiografia (raio-X): permite visualizar a estrutura da coluna e medir o ângulo da curvatura, determinando se há hiperlordose;
- Ressonância magnética: útil para avaliar lesões em tecidos moles, como ligamentos e músculos, além de identificar possíveis compressões nervosas;
- Tomografia computadorizada: fornece uma visão detalhada dos ossos e articulações, ajudando a identificar causas estruturais, como vértebras deslocadas.
Quais os tipos de tratamento?
O tratamento varia conforme a gravidade da condição e os sintomas apresentados. Em casos leves, o manejo pode ser feito com ajustes posturais e fortalecimento muscular, mas em situações mais graves, outros tratamentos podem ser indicados.
As principais abordagens incluem:
Fisioterapia
O tratamento fisioterápico é essencial para melhorar a postura, fortalecer a musculatura e aliviar a dor. Exercícios específicos, como alongamentos e fortalecimento dos músculos abdominais e dorsais, ajudam a estabilizar a coluna e reduzir a curvatura excessiva.
Uso de cintas lombares
Em alguns casos, o uso de cintas lombares é recomendado para fornecer suporte à coluna e ajudar a corrigir a postura, especialmente em atividades que exigem esforço físico.
Medicamentos
Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser prescritos para aliviar a dor e reduzir a inflamação. Em casos de dor persistente, pode ser necessária a administração de relaxantes musculares.
Injeções de corticosteroides
Para pacientes com dor intensa causada pela compressão nervosa, as injeções de corticosteroides podem ajudar a aliviar a inflamação e a dor temporariamente.
Cirurgia
Em situações extremas, onde os tratamentos conservadores não produzem resultados satisfatórios, a cirurgia pode ser indicada. O procedimento cirúrgico busca corrigir a curvatura excessiva ou tratar problemas estruturais subjacentes, como a espondilolistese.
Considerações finais
Como podemos ver, a lordose é uma condição que, se não tratada corretamente, pode afetar a qualidade de vida e o bem-estar geral do paciente.
No entanto, com o diagnóstico precoce e a adoção de medidas terapêuticas adequadas, é possível controlar os sintomas e evitar complicações.
Caso apresente sintomas como dor lombar persistente ou alterações posturais, é fundamental buscar orientação de um especialista para avaliação e tratamento.
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