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Displasia no quadril: saiba quais são os sintomas e tratamentos!

Displasia no Quadril

A displasia no quadril é um problema geralmente identificado em recém nascidos, mas que também pode acometer adolescentes em fase de crescimento.

De acordo com dados do Hospital Sabará, no Brasil, cerca de 1 a 2 crianças podem desenvolver essa patologia para cada 100 nascidos, ou seja, 1 a 2% da população infantil do país.

Por isso, é fundamental conhecer as suas causas, sintomas e entender quais são os principais tipos de tratamento. E é sobre isso que falaremos neste artigo. Boa leitura!

O que é a displasia no quadril?

A displasia no quadril, também conhecida como displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ), é uma condição médica caracterizada por um desenvolvimento anormal da articulação do quadril. Ela é mais comum em recém-nascidos e crianças pequenas, embora possa persistir na idade adulta. 

Nessa patologia, a cavidade do quadril (acetábulo) não se forma adequadamente, o que pode resultar em um encaixe imperfeito da cabeça do fêmur (osso da coxa) na cavidade. 

Isso pode levar a problemas como a instabilidade ou deslocamento do quadril, e em casos graves, pode causar dor e dificuldades de locomoção.

O diagnóstico é feito geralmente em bebês através de exames físicos e, se necessário, confirmado com a ajuda de ultrassonografias ou radiografias.

Vale destacar que quando é tratada precocemente o bebê pode obter a cura completa, e com isso ter uma vida normal na fase adulta. Por isso, é tão importante saber reconhecer os seus sintomas para a busca de tratamentos.

Quais são os sintomas da displasia no quadril?

Um sinal potencial da displasia no quadril em bebês é a assimetria nas dobras da pele nas coxas ou nádegas. Um lado pode parecer diferente do outro quando se observa a criança deitada ou em pé.

Em crianças com mais idade, pode haver também restrição no movimento ao afastar as pernas do bebê durante a troca de fraldas, por exemplo. Esta limitação é devido ao encaixe inadequado da cabeça do fêmur na cavidade do quadril.

Em alguns casos, pode-se notar um estalo ou clique durante o movimento da articulação do quadril, e uma avaliação especializada pode diferenciar situações de estalidos fisiológicos dos patológicos. Em casos de instabilidade, os  sinais de Ortolani ou Barlow, podem ser constatados durante exames físicos por profissionais de saúde.

Em suma, os bebês costumam apresentar sinais visíveis, como:

  • comprimento diferente das pernas;
  • menor flexibilidade e mobilidade em um dos quadris;
  • dificuldades para andar.

Em crianças mais velhas e adultos, onde a condição é menos comum e geralmente uma sequela de uma displasia não tratada na infância, pode ocorrer dor na região do quadril ou na virilha, especialmente após atividades físicas extenuantes.

O adulto também pode desenvolver uma maneira anormal de andar, como um mancar, devido ao desconforto ou instabilidade do quadril. Em casos crônicos, pode haver um desgaste da articulação do quadril, levando à artrose, que é acompanhada de dor e rigidez.

Quais são as causas da displasia no quadril?

Acredita-se que as causas sejam uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Entre os fatores genéticos, a história familiar de displasia no quadril é um indicativo relevante.

Se um dos pais ou um irmão teve a condição, o risco de um recém-nascido apresentá-la aumenta. Além disso, há também predisposição genética que faz com que a condição seja mais comum em certos grupos étnicos e mais em meninas do que em meninos.

Fatores ambientais e intrauterinos também desempenham papel importante. A posição do feto no útero pode influenciar o desenvolvimento da articulação do quadril.

Por exemplo, bebês que passam um tempo prolongado na posição pélvica (sentados com os pés apontados para o canal do parto) têm maior risco de desenvolver essa afecção.

Isso se deve à pressão exercida sobre as pernas e quadris do bebê nesta posição, que pode levar ao desenvolvimento anormal da articulação do quadril.

Outros fatores relacionados à gravidez, como o primeiro parto, pouco líquido amniótico e grande tamanho do bebê para a idade gestacional, também estão associados a um risco aumentado dessa condição.

Podemos também citar o uso de determinadas técnicas de enrolamento ou posicionamento do bebê após o nascimento, que restringem os movimentos das pernas e podem impactar o desenvolvimento normal da articulação do quadril.

Quais são os principais tratamentos em bebês?

Para bebês e crianças pequenas, o tratamento geralmente visa garantir o correto posicionamento da cabeça do fêmur na cavidade do acetábulo, permitindo o desenvolvimento normal da articulação do quadril.

Em casos leves ou em bebês muito jovens, o tratamento pode envolver simplesmente o monitoramento regular e exames de acompanhamento, pois a displasia pode se resolver espontaneamente.

Em casos mais sérios, o tratamento comumente envolve o uso de um dispositivo ortopédico, como os suspensórios de Pavlik. Eles mantêm as pernas do bebê em uma posição ótima para o desenvolvimento do quadril, geralmente por várias semanas a meses.

Em casos raros, quando os suspensórios de Pavlik não são eficazes ou a condição é diagnosticada mais tarde, podem ser necessárias outras formas de imobilização, como gessos ou cirurgia para corrigir o posicionamento do quadril.

Quais os tratamentos para adultos?

Para adolescentes e adultos, o tratamento frequentemente requer uma abordagem mais invasiva, especialmente se a condição levou a danos na articulação ou a complicações como a artrose.

A fisioterapia pode ser usada para fortalecer os músculos ao redor do quadril e melhorar a amplitude de movimento. Em casos de dor ou de limitações funcionais significativas, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários.

Estes podem incluir osteotomias (cirurgias para realinhar os ossos), artroscopias (procedimentos minimamente invasivos para tratar problemas dentro da articulação) ou, em casos avançados, substituição total do quadril.

O sucesso do tratamento em qualquer idade depende da gravidade da condição e da resposta do paciente ao tratamento escolhido. É crucial o diagnóstico e intervenção precoce, especialmente em bebês, para evitar complicações a longo prazo.

Portanto, se quiser saber mais sobre a displasia no quadril, entre em contato com a Verticali. Nós temos os melhores especialistas para avaliar o seu caso e propor a melhor alternativa de tratamento.