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Bursite no quadril: entenda o que é, os sintomas e principais tratamentos!

Bursite no quadril

A bursite no quadril é uma condição ortopédica que afeta uma parcela significativa da população, influenciando diretamente a qualidade de vida e a mobilidade dos indivíduos. 

Caracterizada pela inflamação da bursa — uma pequena bolsa cheia de líquido que atua como amortecedor entre os ossos e os tecidos moles do corpo —, ela pode resultar de uma variedade de causas, desde sobrecarga repetitiva até lesões diretas. 

Alguns estudos indicam uma prevalência maior em atletas e em indivíduos com atividades ocupacionais que impõem estresse contínuo na região do quadril, mas não é exclusiva a esses grupos.

A incidência também aumenta com a idade, afetando principalmente adultos e idosos. A compreensão dessa condição, seus sintomas e tratamentos é essencial para profissionais da saúde e pacientes, promovendo um manejo eficaz e uma possível prevenção.

Neste artigo vamos explicar o que é a bursite no quadril, quais são suas causas, os principais sintomas, e os tratamentos mais indicados. Boa leitura!

O que é a Bursite no quadril?

Essa condição, também conhecida como trocanteriana ou trocantérica, surge quando uma das bursas trocantéricas — sacos sinoviais situados na proximidade do grande trocânter do fêmur — se inflama. Essas bursas funcionam como almofadas que facilitam o deslizamento suave de tendões e músculos sobre proeminências ósseas.

A inflamação pode ser aguda ou crônica, e embora seja uma condição autolimitada, pode causar dor e restrição de movimento significativas quando não tratada apropriadamente.

A origem dessa inflamação é frequentemente associada ao uso excessivo, mas também pode decorrer de traumas diretos, condições reumatológicas, infecções ou mesmo após procedimentos cirúrgicos.

Indivíduos com desalinhamento dos membros inferiores ou diferença no comprimento das pernas podem estar mais suscetíveis devido à distribuição desigual de pressões sobre a articulação do quadril.

A dor na região lateral do quadril, que pode irradiar para a coxa, é o sinal clínico mais comum da bursite trocantérica. Esta dor tende a piorar à noite, ao deitar-se sobre o lado afetado, ao se levantar após um período sentado ou ao iniciar atividades após repouso. 

Além da dor, pode haver inchaço e sensibilidade no local afetado, limitando a amplitude de movimento e impactando atividades diárias.

Quais são as causas dessa condição?

As causas podem envolver tanto fatores mecânicos quanto sistêmicos. Um dos principais motivadores é a sobrecarga repetitiva dos tecidos ao redor do quadril, geralmente resultante de atividades como correr, subir escadas ou permanecer por longos períodos em pé.

Essas ações recorrentes podem levar a microtraumas na bursa, desencadeando o processo inflamatório. Outra causa é o trauma direto, como quedas ou impactos laterais no quadril, que podem causar lesões imediatas na bursa.

Desalinhamentos estruturais, como discrepâncias no comprimento das pernas ou anormalidades na marcha, aumentam o risco de desenvolvimento da bursite pelo estresse desigual distribuído nas articulações e tecidos moles.

Condições reumatológicas, como artrite reumatoide ou gota, podem predispor a inflamação das bursas como parte de sua manifestação sistêmica. Infecções bacterianas, embora menos comuns, são causas possíveis de bursite séptica e requerem intervenção médica.

Além disso, procedimentos cirúrgicos próximos à área do quadril podem, em alguns casos, levar à inflamação da bursa como uma complicação pós-operatória.

Quais são os principais sintomas?

Os principais sintomas são dor na região lateral do quadril, que pode irradiar ao longo da coxa até o joelho. Esta dor é tipicamente aguda e intensa, especialmente ao realizar atividades que colocam pressão sobre o quadril, como caminhar, correr ou subir escadas.

Em repouso, a dor pode se transformar em um desconforto surdo e contínuo. Além dela, a área ao redor do quadril pode apresentar-se sensível ao toque e, em alguns casos, ocorrer inchaço visível.

A dor tende a piorar à noite, quando deitado sobre o lado afetado, ou após períodos prolongados de inatividade, resultando em rigidez ao retomar movimentos.

Fora isso, cruzar as pernas, caminhar em superfícies irregulares ou levantar-se de uma cadeira após estar sentado por um tempo podem desencadear ou aumentar a sensação dolorosa.

Em paralelo, a mobilidade também pode ser afetada, com os pacientes muitas vezes relatando uma diminuição na amplitude de movimento do quadril.

Esta limitação pode afetar a capacidade de se vestir, se inclinar ou subir escadas. Em casos crônicos ou graves, a dor pode ser constante e limitar significativamente a funcionalidade, exigindo intervenção médica.

Quais são os tipos de tratamentos?

Os tratamentos para bursite no quadril são geralmente conservadores e focados em aliviar a dor e a inflamação, melhorando a função e prevenindo recorrências. Aqui estão as principais abordagens:

  • Repouso e modificações de atividades: o primeiro passo é reduzir as atividades que exacerbam a dor, permitindo que a inflamação diminua. Isto pode incluir a diminuição da intensidade do exercício e a alteração dos movimentos que colocam pressão sobre a área afetada.
  • Medicamentos anti-inflamatórios: medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno ou o naproxeno, são frequentemente prescritos para reduzir a dor e a inflamação.
  • Terapia física: um fisioterapeuta pode recomendar exercícios de alongamento e fortalecimento para melhorar a flexibilidade e a força dos músculos ao redor do quadril, aliviando a pressão sobre a bursa.
  • Aplicação de frio: a aplicação de gelo na região afetada pode ajudar a reduzir a inflamação e aliviar a dor, especialmente após o exercício.
  • Infiltrações: em casos onde o desconforto é severo e não responde a outros tratamentos, uma injeção de corticosteroides pode ser administrada para reduzir a inflamação de maneira mais direta e eficaz.
  • Cirurgia: embora raramente necessária, a cirurgia pode ser considerada em casos de bursite crônica que não respondem a tratamentos conservadores. O procedimento pode envolver a remoção da bursa inflamada.

É importante destacar que a educação sobre técnicas de postura e movimento adequadas pode ajudar a prevenir recorrências. Por isso, é crucial realizar visitas periódicas ao ortopedista.

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